ALERTA!: Está Reduzindo o Vocabulário dos Adolescentes

01/05/2010 11:35

Questões estéticas à parte, o fato mais perigoso desta situação é a estreita vinculação que existe entre o vocabulário e o pensamento, porque o homem pensa com palavras e graças a elas distingue determinadas realidades de outras. Sem palavras espera-nos um empobrecimento gradual do intelecto e, a partir daí, um maior estreitamento mental com sua conseqüente restrição da liberdade do pensamento.

Em parte pela televisão e pelos computadores, a linguagem está a cada dia mais pobre. Há crianças de lugares marginais que terão um menor vocabulário porque seu meio também emprega poucas palavras e não porque não tenham possibilidades neurológicas ou biológicas. Mas, em geral, um garoto entre os 4 ou 5 anos de idade, assiste TV, vê, escuta e incorpora uma grande quantidade de vocábulos, ao redor de 2.500. Só que nos últimos anos as crianças iniciaram um processo na alteração de sua linguagem, por várias questões que levam à desvalorização da mesma, como por exemplo, utilizar certo tipo de gírias, o uso constante de programas de mensagens de texto ou o chat com suas imbecis abreviações somadas as abreviações americanizadas que muitos nem sabem o que significam.

Como em geral, a linguagem num adolescente, ao redor dos 16 ou 17 anos, é similar à linguagem que ele terá na idade adulta é correto afirmar que passará o resto da sua vida usando somente estas 350 palavras se não tentar incorporar mais. O grande problema é que a incorporação de palavras dificilmente ocorrerá já que outro bom costume está esquecido, o da leitura.

Hoje é bem mais fácil sentar-se em frente a um televisor ou computador, onde tudo é visual onde tudo passa muito rapidamente. É a preguiça de ler criando um perigoso costume. Perdeu-se totalmente a capacidade de leitura, tanto que muitos não assistem filmes legendados porque não conseguem entender o filme.

Nós pensamos em palavras, pensamos em linguagem; de forma que a linguagem está diretamente relacionada ao pensamento. Se possuímos uma menor quantidade de linguagem, temos também um pensamento bem mais curto pois a pessoa que não tem um boa bagagem de palavras não conseguirá se expressar bem, então, também não conseguirá pensar direito.

Não é a toa que a cada ano no período pós vestibular apareçam tantas sandices a respeito do assunto na Internet. O vestibulando tem problema para entender as questões apresentadas já que tem grande dificuldade de compreender o que está sendo pedido e termina por escrever grandes besteiras.

Em conclusão, a realidade deixa transluzir nimbos no horizonte das próximas gerações de brasileiros, sobretudo num presente onde já não abundam jovens com capacidade de articular frases simples, dotadas de começo, desenvolvimento e fim, além de reter algo do que leram, entre outros erros que conformam o denominado analfabetismo funcional, um mal de nosso tempo.

Fonte de Pesquisa: MDig

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